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Doralyce apresenta "Dádiva" no BR-101.5

17.04.22 - 07H59
Foto: Lilo Oliveira

A pernambucana aborda a potência da musicalidade das mulheres pretas, nordestinas e fora do padrão, valorizando a intelectualidade do legado ancestral preto em “Dádiva”. (Foto: Lilo Oliveira/Divulgação)


Por Beatriz Guglielmelli

Cantora, compositora, atriz e ativista, Doralyce é uma das principais figuras do Afrofuturismo na América. Conhecida como Miss Beleza Universal, cresceu influenciada pelos movimentos culturais e estéticos do Manguebeat e do Olinda Style, mesclado com os batuques do Maracatu, Coco e Ijexá. 

Doralyce também é empresária. Ela criou o selo Colmeia 22, por onde lançou projetos de Bia Ferreira, Bixarte, Liana Flores, Pacha Ana, Tyaro, Bruna BG, Grupo Bongar, Rúbia Divino, Luana Flores,Vinicius Lezo, Abulidu, Júlia Tizumba e dela própria.

No último dia 07 de abril, a cantora lançou em todas as plataformas digitais, Dádiva, seu terceiro álbum autoral gravado em estúdio. São 13 faixas, entre inéditas e remixes, com ritmos latinos e brasileiros, que caminham do pagode ao trap e do samba ao funk, revelando a versatilidade da artista. As composições passeiam por temas políticos, com narrativas de cunho social e afetivo, valorizando a potência da musicalidade das mulheres pretas, nordestinas e fora do padrão.

Para conversar sobre esse novo álbum, projeto contemplado pelo Rumos Itaú Cultural, o BR-101.5 desta segunda-feira (18) recebe Doralyce, a Miss Beleza Universal. O programa começa às 9h, com apresentação de Nathália Fernandes e a entrevista tem início às 11h, com transmissão ao vivo pelo YouTube.

SEGUNDA
O Solta o Frei desta segunda-feira (18), às 8h, conversa com Ruth Costa, presidenta da União de Ciclistas do Brasil (UDB). O tema? Desigualdades sociais em mobilidade urbana, evidenciando que a população branca e de alta renda têm em média mais acesso a oportunidades do que a população negra e pobre, independentemente do meio de transporte considerado. Às 8h30, o Hackeando o IP aborda mais um tema ligado aos impactos tecnológicos no cotidiano.

Na sequência, às 9h, Nathalia Fernandes pilota o BR-101.5, conduzindo os ouvintes com música, informação e dicas culturais. Você pode participar enviando o seu pedido musical pelo Whatsapp (81) 99488-6842.

Ao meio-dia, na Faixa Mulher, Priscila Xavier apresenta o TPM - Tempo Pra Mim trazendo dicas de autocuidado sobre saúde do corpo e da mente.

Mais tarde, às 17h, com apresentação de Janaína Serra, o Relicário traz beleza e leveza ao seu fim de tarde. Você pode interagir pelo Whatsapp (81) 98249-2199.   

Em seguida, às 18h, o Viajando na Música continua na viagem embalada pela música brasileira que tem influência, inspiração ou faz referência à astrologia. A dupla nômade Babi Jaques e Lasserre entrevista a artista Mayara Pera e recebe os artistas André Macambira, Aishá Lourenço, Nathália Queiroz e Benjamin Ruschi para criar uma música inédita para o programa.

Às 20h, na Faixa Preta, o Diáspora, A Cor da Nossa Cultura em Encontros e Redes recebe o Professor Sidney Nogueira, graduado em Letras pela Universidade Braz Cubas, mestrado em Semiótica e Linguística Geral pela Universidade de São Paulo e doutorado em Semiótica e Linguística Geral pela FFLCH - Universidade de São Paulo para explicar de uma maneira muito acessível o que significa a Semiótica e como ela pode afetar a sociedade.

Fechando a noite, às 21h, o Toca o Terror fala sobre sequências improváveis. Existem filmes que a maioria do público não deve sequer saber que ganhou sequência após o sucesso da obra original. Mas como a lógica do mercado cinematográfico impera de uma forma diferente, até mesmo filmes que nada tem a ver com os primeiros ganham um título similar só para pegar carona na fama alheia. 

TERÇA
Nesta terça-feira (19), o Isto é Choro, meu bem! apresenta Choros de músicos pernambucanos e nacionais, destacando Pixinguinha com a primeira e a última música do programa, para ressaltar que estamos no mês do seu nascimento, mês do Dia Nacional do Choro. Tem ainda entrevista com o músico Rafael Marques sobre os seus trabalhos artísticos e seu envolvimento com o frevo.

Ao meio-dia, na Faixa Mulher, o Polifonia - Mulheres da Música entrevista a cantora e compositora Dona Del do Coco. Ela nasceu e foi criada em Timbaúba, cidade da Zona da Mata Norte, no estado de Pernambuco. Trabalhou na roça e foi no terreiro de casa que aprendeu a dançar e cantar o coco de roda, a ciranda, o forró pé de serra, e outros ritmos. Apaixonada pela música desde a infância, começou a compor antes mesmo de aprender a ler e escrever. Se alfabetizou numa breve oportunidade que teve em poder frequentar a escola e pelas ondas do rádio, único canal por onde recebia as notícias do mundo, descobriu que existia palco, microfone e plateia, e a menina que sonhava em ser cantora queria fazer parte deste mundo. Aos 50 anos, conseguiu gravar o seu primeiro disco com o apoio de diversos músicos pernambucanos e, depois de uma apresentação na casa do mestre Salustiano, nunca mais parou de cantar.

Às 15h, o Pegando o Bigu recebe Rosa Amorim (MST-PE), Cícera Nunes (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar de Pernambuco), Alexandre Pires (Centro Sabiá) e Luísa Duque (Comissão Pastoral da Terra) para falar sobre a luta no campo.

Mais tarde, às 20h, tem Oba Kò So na Faixa Preta. Nesta edição, o ouvinte vai mergulhar no universo de Nanã, orixá associada aos elementos água e terra. Seu domínio é os pântanos e a terra úmida. Mantém uma relação com o barro, e também se relaciona com os planos de existência da vida e da morte. Salubá!

QUARTA
Na quarta-feira (20), às 8h, o Raízes do Fole fala sobre os Anos Dourados. Entre as décadas de 1940 e 1970, a sanfona foi um instrumento muito popular na música brasileira, nesta edição, o programa mostra os grandes compositores e intérpretes do acordeon nesse período. 

A edição desta semana do Mulheres na Frequência convida a multiartista Flor de Jacinto para um bate papo com bastante novidades sobre a carreira, novos trabalhos, além de muita música ao vivo. Começa ao meio-dia, na Faixa Mulher.

Às 18h, o Playlist Peixe Voador traz o melhor da música pernambucana, com um especial para o nosso lendário guitarrista Paulo Rafael. O Peixe oferece espaço para músicas em que o homenageado compôs e participou com suas belas melodias, dentre parceiros como Alceu Valença, Gal Costa, Teca Calazans e Zé da Flauta.

Às 21h, o Rádio Brumas entrevista Misfortune Deep, banda amazonense de Synthpop Melódico, influenciado diretamente pelo Synthpop dos anos 80. Apresenta também o Bloco Retrô falando da história da Harry, banda brasileira de rock formada em Santos e tida como uma das pioneiras da chamada “cena industrial” e do electrorock no Brasil.

QUINTA
Na quinta-feira (21), às 15h tem estreia na Frei Caneca FM. O programa Almanaque da Aconchego, realizado pelo Coletivo da Rádio Comunitária Aconchego, é uma revista que passeia pelas aventuras da comunicação livre e popular. No primeiro episódio o ouvinte conhece a Coletiva Cabras da comunidade do Bode. A provocadora social e integrante da coletiva, Paulinha Menezes, apresenta a história do grupo, a necessidade do trabalho com e para as mulheres do Bode, e a importância da Comunicação Popular. O programa também traz um pouco do surgimento da tecnologia da Rádio na seção da Toca do Saci. Outra seção será o Baú da Aconchego com lembranças de programas feitos pela rádio comunitária; também tem indicação cultural e muita música.

Às 20h, na Faixa Preta, o Aldeias e Quilombos traz o tema: 19 de abril, Dia do Indígena, no especial Abril Indígena. O programa recebe Francisca Kambiwá, da aldeia Nazário, território do povo Kambiwá, município de Ibimirim, no Sertão Pernambucano, integrante da Comissão de Professores e Professoras Indígenas de Pernambuco (COPIPE); Joselito Arcanjo, antropólogo do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Etnicidade da UFPE; Almir Suruí e Rubens Suruí para debaterem qual o significado do 19 de abril para os povos indígenas. Será que essas populações têm o que comemorar? A forma como a sociedade não indígena interpreta essa data ajuda ou atrapalha os povos indígenas na sua conquista por direitos e legitimidade enquanto povos originários desta terra?
 

Ao longo da semana tem muito mais produções na rádio pública do Recife. Toda a programação pode ser ouvida pela 101.5 FM ou pelo nosso site, no player localizado no canto superior direito.


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